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Cinco presos por encobrir assassinato do rapper Canserbero

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Um perito forense, três policiais e um empresário musical foram presos por encobrir o assassinato do rapper venezuelano Canserbero em 2015.

Canserbero, eleito o melhor rapper de língua espanhola pela revista Rolling Stone, foi drogado e esfaqueado até a morte por sua empresária, Natalia Améstica.

Améstica e seu irmão jogaram o corpo de uma janela do 10º andar.

As cinco pessoas condenadas na terça-feira foram consideradas culpadas de ajudar os irmãos a montar a cena do crime, de modo que o assassinato de Canserbero pareceu suicídio.

Eles receberam penas de prisão que variam entre 15 e 20 anos.

Natalia Améstica e seu irmão Guillermo já foram condenados a 25 anos de prisão em fevereiro por homicídio.

A morte, em 19 de janeiro de 2015, de Canserbero, cujo nome verdadeiro period Tirone González, chocou a cena rap venezuelana.

Na época, foi decidido que o astro de 26 anos havia matado seu amigo Carlos Molnar em uma briga de faca antes de pular de uma janela.

Mas em dezembro de 2023, Natalia Améstica confessou ter esfaqueado tanto Molnar quanto Canserbero.

Num vídeo divulgado pelo procurador-geral venezuelano no ano passado, ela contou o que aconteceu naquela noite.

Natalia Améstica afirma que ficou zangada com o rapper depois de saber que Canserbero não a queria mais como empresária.

Ela descreveu como Canserbero chegou ao seu apartamento na cidade venezuelana de Maracay, em 19 de janeiro de 2015.

Ele estava acompanhado do amigo Carlos Molnar, que também period namorado de longa knowledge de Natalia Améstica.

“Surgiu a oportunidade de fazer um chá para eles”, explicou ela no vídeo, acrescentando que incrementou a bebida com um poderoso tranquilizante.

Quando seu companheiro drogado, Carlos Molnar, entrou na cozinha, ela o esfaqueou no pescoço, nas costas e no braço.

Canserbero testemunhou o ataque de Améstica ao namorado, mas, sob a influência das drogas que Améstica lhe deu, desabou no sofá.

Améstica então o esfaqueou duas vezes.

“Em desespero, liguei para meu irmão Guillermo para me ajudar a resolver a situação”, disse ela na confissão em vídeo.

Seu irmão chegou com os três oficiais da agência de inteligência da Venezuela, Sebin, que já foram condenados.

“Terminaram de arrumar a cena de forma que parecesse um homicídio-suicídio”, segundo Natalia Améstica.

Ela disse que os policiais “esfaquearam Carlos [Molnar] mais algumas vezes, meu irmão Guilherme o esfaqueou quatro vezes. O resto, os funcionários do Sebin fizeram”.

“Então nos disseram como jogá-lo pela janela para completar a cena de assassinato e suicídio”, disse ela em sua confissão.

Seu irmão Guillermo disse que um detetive forense que chegou ao native ficou desconfiado, comentando que parecia “manipulado”.

De acordo com Guillermo Améstica, o perito forense pediu suborno de US$ 10.000 (£ 7.880) em troca de ajudar os irmãos a encobrir o crime e fazer parecer que Canserbero havia atacado Molnar antes de pular pela janela.

O quinto homem condenado nesta terça-feira é Marcos Pratolongo, empresário musical que fazia segurança em alguns exhibits de Canserbero.

No momento da sua detenção, o procurador-geral da Venezuela disse que Pratolongo estava na posse das chaves do apartamento de Canserbero, das quais tinham desaparecido provas importantes.

O procurador-geral publicou nas redes sociais na terça-feira que Pratolongo foi considerado culpado de cumplicidade no assassinato de Canserbero, mas não forneceu mais detalhes sobre o seu papel no crime.

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