Uma intrigante mancha escura foi observada na lua gelada de Saturno, Encélado, levantando questões sobre a atividade geológica da lua. A descoberta, discutida durante a reunião da União Geofísica Americana (AGU) de 2024 em Washington, DC, chamou a atenção dos pesquisadores. Segundo relatos, a mancha, com cerca de um quilómetro de tamanho, foi detectada em imagens capturadas durante a missão Cassini da NASA em 2009. Imagens subsequentes de 2012 revelaram que a mancha escura tinha desaparecido, provocando intriga entre os cientistas planetários.
Cynthia B. Phillips, geóloga planetária do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, compartilhou detalhes da descoberta. Como relatado da Area.com, Phillips deu crédito a Leah Sacks, membro de sua equipe de pesquisa, por identificar a anomalia enquanto analisava dados de imagens das missões Voyager e Cassini da NASA. Comparando imagens da mesma região obtidas ao longo de vários anos, a equipa observou o desaparecimento gradual da feição.
Investigando as origens da mancha escura
Os cientistas descartaram diversas possibilidades em relação à natureza da mancha escura. De acordo com Segundo os relatos, os pesquisadores descartaram a ideia de que pudesse ser uma sombra ou um artefato de resolução, observando sua localização consistente em imagens tiradas sob diversas condições de iluminação. A análise usando dados ultravioleta e de cor indicou que a mancha tem uma tonalidade marrom-avermelhada, ao contrário dos tons azulados comumente vistos em outras regiões mais escuras de Encélado.
Falando ao Area.com, Phillips sugeriu que a mancha escura poderia ser o resultado de um impacto, possivelmente uma cratera com restos do impactador ou materials exposto abaixo da superfície. Alternativamente, uma explicação menos provável envolve a característica originária do materials que sobe por baixo da crosta gelada, revelando potencialmente a composição inside da lua.
Depósitos de plumas e hipótese de encobrimento
Foi sugerido que as famosas plumas geladas de Encélado podem ter contribuído para o desaparecimento da mancha. Os relatórios indicam que os depósitos destas plumas poderiam ter coberto gradualmente a feição. No entanto, os cálculos indicam que tal processo exigiria muito mais tempo do que o período de tempo observado, levando à especulação sobre se factores adicionais, tais como partículas do anel E de Saturno, poderiam ter acelerado o processo de deposição.
A mancha escura, embora enigmática, pode fornecer informações valiosas sobre a dinâmica da superfície lunar. Os investigadores continuam a investigar as suas origens e o que pode revelar sobre o potencial de Encélado para acolher vida.