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Raios cósmicos podem apagar sinais de vida em Marte, revela estudo

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Um estudo publicado na Astrobiology em 13 de novembro revelou os desafios colocados pela radiação cósmica na preservação de potenciais vestígios de vida em Marte. Os pesquisadores simularam os efeitos dos raios cósmicos nos lipídios, estruturas moleculares cruciais encontradas nas membranas celulares. As descobertas indicam que os lipídios se deterioram rapidamente quando expostos à radiação, especialmente em condições ricas em sal. Isto aumenta as preocupações sobre a preservação de bioassinaturas em regiões de Marte que já foram consideradas as mais propensas a hospedar vida.

Conforme relatado, Anais Roussel, astrobióloga da Universidade de Georgetown, destacou a questão dos ambientes ricos em sal em Marte. Roussel afirmou ao House.com que eles buscam ambientes ricos em sal, mas podem ser um dos mais prejudiciais sob a radiação. Estas descobertas levantam preocupações sobre se a superfície de Marte, constantemente exposta à radiação cósmica devido à ausência de um escudo atmosférico, pode proteger as evidências moleculares de vida antiga.

Sal e radiação: uma dupla ameaça

Pesquisar indicaram que os lipídios expostos a raios cósmicos simulados deterioraram-se significativamente no equivalente a três milhões de anos, com até metade das moléculas degradando-se em fragmentos menores. Comparativamente, algumas rochas marcianas, como as da cratera Gale, foram expostas à radiação durante aproximadamente 80 milhões de anos. A inclusão de sais nas amostras acelerou a decomposição, sugerindo uma reação química entre compostos induzidos por radiação e moléculas orgânicas. Os mecanismos exatos que impulsionam esta rápida degradação permanecem sob investigação.

Uma exploração mais profunda pode conter respostas

Alegadamente, enquanto os rovers existentes da NASA, incluindo o Curiosity e o Perseverance, só podem perfurar em profundidades rasas, o Rosalind Franklin Rover da Agência Espacial Europeia, com lançamento previsto para 2029, foi concebido para perfurar até dois metros. Esta capacidade poderia contornar grande parte da superfície afetada pela radiação. Em declarações ao House.com, Roussel defendeu missões visando cavernas marcianas ou tubos de lava, que poderiam oferecer condições imaculadas. Ela disse que seria extremamente desafiador do ponto de vista da engenharia, mas isso aumenta a esperança.

O estudo enfatiza a importância de revisitar as estratégias de exploração para ter em conta as limitações impostas pela radiação e pelos factores ambientais em Marte.

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